[POEMA DAS VEREDAS]
1 min readJul 31, 2019
Os buracos de uma meia arrastão
são gomos de colmeias
repletas do mel mais venenoso.
A partir de agora
tomai todos e bebei
operários
engolindo mililitros
de alguns centímetros quadrados
abaixo do nível do mar
na linha do equador.
Estiletes à oeste
estampam a espessura
do cinismo da esfera.
Cada ponta de um meridiano
mede o dano
de um desengano
engasgado no meio feio.
As chuvas de verão
desossam o desassossego
de todas as zonas.
Há muitas goteiras
e apenas dois baldes
que se carrega porque estava escrito na bula.
Procura-se uma rosa dos ventos.