[O CARNAVAL É O SEGUNDO ANO-NOVO]
Me desbarranco morro abaixo pra virar chão
De grão, bloco, terra macilenta que vão pisoteando
E vou virando a raiz do mundo
Nascendo de mim qualquer coisa que já não chora e nem sente fome
Fragmentos dos meus pedaços vão levantando
Alguém espirra sem tapar a boca
É mister que alguma coisa venha à ter com nós
Esperamos todas as palavras enquanto nos algemam sem nos darmos conta
Os carteiros chegam em atraso
Os papéis tem mais números do que letras
A conta da espera não bate com as moedas
Um santo dormirá com os pés descobertos
Claro é que todo tudo está repleto de tanto
Senão o resumo seria esses confetes soltos no solário
Ou esse rosto escondido da colombina
Tudo é sobre si
Tudo é sobre se